Você sabe de todo poder que tem?
O conceito de poder está associado à capacidade. Durante o desenvolvimento humano o poder adquire grande plasticidade, isso significa que as capacidades humanas se ramificam por diversas formas. Capacidade de andar, falar, escrever, costurar, ou compor uma melodia… Seja qual for o poder que uma pessoa exerça, ela o faz porque aprendeu como fazer.
É o poder do conhecimento, o poder mais elementar, que permite ampliar as demais formas de poder, mesmo as mais inimagináveis.
Como um instinto vital cada pessoa busca aumentar o seu poder, basicamente ingerindo alimentos e explorando o ambiente. Com o desenvolvimento, surge também a percepção das limitações que lhe são impostas, e a consequente tentativa de superação ou conformação, a depender do caso e da pessoa.
Há uma distinção entre o poder pessoal e a posição de poder. A posição de poder pode ser parcialmente adquirida durante a vida de uma pessoa ao assumir responsabilidades específicas de um nível hierárquico, é demandada pelo coletivo.
Sob o prisma individual, cada pessoa é uma fonte de poder em seu meio. Esse poder é a totalidade das capacidades do individuo projetadas ao decorrer da vida. Embora, cada pessoa adquira incontáveis habilidades e capacidades ao longo da vida, qual seja a grandeza de poder conquistado, será infinitamente menor que o poder de cada um agindo orquestradamente. Com efeito, o real valor do poder pessoal é amparar o desenvolvimento do poder de cada um, alinhado a um objetivo comum. Liderança!
O ideal é a posição de poder ser compatível com as capacidades demandas pelo ambiente no qual o comando será exercido. Uma pessoa consciente de seu poder pessoal, pode ser mais efetiva que uma pessoa em posição de comando fora de suas capacidades.
Este entendimento transmite o valor do poder para a posição de comando, que nunca deve ser interpretado no sentido contrário, ou seja, o valor da posição de comando como fonte de poder. O possuidor do poder é na verdade refém de suas capacidades, sendo demandado pelos demais a liderar ajudando cada um a desenvolver as próprias capacidades, ao mesmo tempo em que é impelido por si mesmo no sentido de sua motivação, colocando em pauta outro elemento chave, tratado mais adiante, as #decisões.
O poder é o que nos torna capaz, nos permite configurar a realidade conforme for o interesse e assim mantê-la. Permite ver que apesar de não ser possível determinar como serão as experiências da vida, é possível aprender com a vivência e moldar a realidade dentro de um propósito.
César Ameno.
Referências:
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Musashi, Miyamoto, 1584 – 1645. O Livro dos Cinco Anéis: o Clássico Guia de Estratégia. Tradução Marcos Malvezzi Leal. – 10 ed – São Paulo: Madras, 2013.
Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas : o novo papel dos recursos humanos nas organizações. – 4. ed. – Barueri, SP : Manole, 2014.
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